Poder de fogo do tráfico impressiona até policiais experientes
Legislação impede que agentes usem armas apreendidas de traficantes. Compare, em gráfico, os arsenais de criminosos e das polícias
O poder de fogo das armas à disposição de quadrilhas de traficantes impressiona até mesmo policiais experientes, como o diretor de Polícia da capital, delegado Ronaldo Oliveira.
Entre as 8.914 armas apreendidas pelas forças de segurança do Rio em 2009 – segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) –, aparecem metralhadoras .30 e .50, de uso exclusivo das Forças Armadas e capazes de derrubar helicópteros, além de fuzis e pistolas.
“É um armamento fantástico o que apreendemos no dia-a-dia. Na Rocinha, por exemplo, quando [o chefe do tráfico] Bem-te-vi foi morto, apreendemos uma .30 zero, novinha, capaz de derrubar uma aeronave”, afirmou Oliveira.
O Estatuto do Desarmamento determina que essas armas sejam encaminhadas para a Justiça, a fim de instruir processos, e depois entregues ao Exército, para serem destruídas.“Em outra ocasião, em apenas uma operação, em 2007, pegamos 15 ou 17 fuzis no Dona Marta [favela com Unidade de Polícia Pacificadora], muitos deles novos”, lembra.
Uma grande frustração da polícia é não poder empregar esse armamento – muitas vezes novo ou em ótimo estado de conservação – em suas operações.
Uma grande frustração da polícia é não poder empregar esse armamento – muitas vezes novo ou em ótimo estado de conservação – em suas operações.
Além disso, ainda que pudessem aproveitar as armas, muitas delas são de uso restrito às Forças Armadas e não podem – por seu calibre – ser empregadas pelas polícias Civil e Militar.
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