segunda-feira, 27 de agosto de 2012


Tenente PM é preso por Desembargador parado em Blitz da Lei Seca

Como sempre ressaltamos aqui, é preciso se inteirar das circunstâncias reais da ocorrência, para emitirmos algum juízo definitivo. Mas não deixa de ser produtivo perceber o quanto as vaidades corporativas podem se inflamar em determinados contextos da atuação policial. No caso a seguir, ocorrido no Rio de Janeiro, um Desembargador acabou prendendo um tenente PM que estava à frente de uma Blitz da Lei Seca, aparentemente alegando que sua “autoridade” impedia que os policiais o fiscalizasse.
No Brasil, o policial que nunca passou por algo parecido provavelmente irá passar, e necessitará de alguma habilidade para desenrolar situações semelhantes – onde o “sabe com quem está falando?” coloca a ação policial em xeque:
Após ter seu carro oficial parado por agentes de uma blitz da Lei Seca em Copacabana (zona sul do Rio), o desembargador Cairo Ítalo França David, do Tribunal de Justiça do Estado, deu voz de prisão a um tenente da PM alegando que, por ser uma autoridade, não deveria ser fiscalizado. A informação foi divulgada pelo governo do Estado.
O desembargador, da 5ª Câmara Criminal, estava em carro oficial que era conduzido por Tarciso dos Santos Machado. Ao ser parado pelos policiais, o motorista se recusou a estacionar na baia de abordagem e parou o veículo no meio da rua. Além disso, se negou a fazer o teste do bafômetro e a entregar os documentos do carro.
David, então, desceu do veículo e disse aos agentes que não deveria ser fiscalizado por ser uma autoridade e deu voz de prisão para um dos integrantes da operação.
O carro do magistrado foi rebocado, e o motorista foi multado por se recusar a fazer o teste e a entregar os documentos.
Os envolvidos foram levados para a 13ª DP, em Ipanema (zona sul), onde o caso foi registrado.
Os agentes da Operação Lei Seca também foram à delegacia prestar depoimento como testemunhas. Após ouvir as declarações, o delegado Sandro Caldeira concluiu que não houve abuso de autoridade por parte dos agentes da operação e liberou o policial.
A Folha procurou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça para tentar entrar em contato com o desembargador. Ele, no entanto, ainda não foi localizado pela assessoria.

Um comentário:

  1. depois dessa o povo brasileiro ainda que justiça? pois quem deveria dar exemplo de justiça acaba cometendo uma injustiça usando o cargo público?! é por isso que digo que no Brasil o policial não tem poder de polícia pois este poder deveria ser todos que cometem crime sem discriminação de raça, cor etinia ou cargo Público!!!
    O Brasil sonha com o dia em que um soldado da pm vire policial e faça a lei valer para políticos que se escondem atrás de imunidade parlamentar, um atraso em um país que sé diz em crescimento econômico(e não educacional) onde alunos do 3ºano de escolas públicas não sabem ler e escrever direito, finalizando quero dizer que os políciais agiram corretamente e que tambem tem médico que não quer ser revistado em blitz pois acha que médico é santo!! QUE BRASIL DESONESTO, MEU PAÍS ESTÁ QUASE PERDIDO!!!!

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